
O suicídio de Robin Williams surpreende. Quem pensaria que o rosto sorridente escondia tamanha tristeza. Tantos filmes repletos de inspiração, mas que agora carregam um final trágico.
Seria justo lembrar de Robin como mais um farsante de Hollywood, vivendo da imagem e vendendo o sonho da felicidade e do sucesso? Creio que não. Se olharmos novamente, provavelmente veremos apenas um palhaço triste, escondido por trás da maquiagem, tentando superar a si mesmo e agarrando-se a qualquer fagulha de prazer e de inspiração.
Nosso desejo de coerência é incapaz de entender e aceitar a contradição de Robin Williams. Este mesmo desejo nos impede de enxergar a própria natureza ambígua. Impede de aceitarmos a dualidade contida nos entes queridos e assim amá-los incondicionalmente.
Robin Williams caminhou entre a farsa de Hollywood e nos chocou com sua humanidade.
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